Minhas Crônicas

Ah! como eu tenho saudade.

Nesse momento sentado em frente ao meu bom e novo computador, que me auxilia quando eu mais preciso e, como um amigo, às vezes "pisa na bola", mas sempre está aí quando eu necessito dele.
Agora, ouvindo o tinido da máquina de costura que minha mãe, com delicadeza e destreza opera,me pego a lembrar de momentos que vivi e que,com um grande saudosismo me pego a pensar. O barulho do avião a passar,os carros passando e a molecada brincando na rua, tudo me faz lembrar de alguma coisa que já aconteceu em minha vida.
Ah! Como eu tenho saudade do tempo de criança, quando eu estudava e brincava sem muitas pretensões, sem obrigações e sem medo de ser feliz, lembro dos momentos que eu me sentia livre, com uma vontade imensa de ser quem hoje eu já não sou mais,não sou mais criança, nem tenho todos os sonhos que tinha, nem mesmo a energia que um dia tivera.
Não sou nenhum velho também, mas hoje com meus 27 anos tenho tantas obrigações e preocupações, que às vezes até acho bom, pois chego a esquecer as desilusões que a vida me traz.
Agora vendo minha mãe, lembro  dos meus 10 anos, quando eu chegava, a abraçava, beijava e dizia:_eu te amo, hoje até disso eu sinto saudade, com certeza ela também. O tempo não perdoa, ele passa,  traz mudanças que nem sempre são desejadas, mas o tempo não leva o que na lembrança fica guardado.
Ah! Como eu tenho saudade das árvores que tinha no meu quintal, o progresso consome e some com tudo. Lembranças boas de quando eu subia e, às vezes caía do pé de ameixa que, com o doce do seus frutos me permitiu sentir quão doce é a infância e que um dia crescemos, envelhecemos e   deixamos de existir, assim como o pé de ameixa que hoje já não está mais aqui. Mas está ainda vivo  e pomposo em minha memória.
Ah! Como eu tenho saudade dos passeios de trem que hoje já não são mais possíveis, pelo fato de não existirem mais as estações pelas quais eu amava passear.
Que saudade da escola, que foi palco de muita alegria, bagunça e aprendizado. Lá construí amizades, construí degraus para chegar nos objetivos que estabeleci a mim mesmo.
Eu sinto falta até do sofrimento que passei no quartel,sofrimento que me fez enxergar coisas boas até na dificuldade, pois eu sabia que, para cada tombo que eu levava, um amigo me ampararia,eu sabia que cada flexão que eu "pagava" me tornaria mais forte, eu sabia que, todas as noites que passei acordado sozinho no breu da noite, era para eu refletir comigo mesmo sobre as coisas da vida e ver que a lua vista com calma é bem mais bonita do que se imagina.
Ah, como eu sinto falta de quando eu tinha uma família, de quando meu filho estava comigo todos os dias, de quando eu chegava em casa e abraçava quem eu  mais amava, como eu sinto falta!
Ah! Mas eu sinto saudade mesmo é de ter um momento para pensar em todas essas coisas, hoje não temos tempo para resgatar as lembranças de coisas que foram importantes para nós.
O sol já se põe, o tempo não perdoa, o vento anuncia que a noite será fria, mas vou  para mais uma etapa da construção do meu conhecimento, e subir mais um degrau da escada da evolução, e rumo ao topo, que me espera com um troféu de vencedor, e lá estarei eu, triunfante e com certeza lembrando de tudo o que passei para ter chegado até lá.

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