terça-feira, 1 de novembro de 2011

Temporal.

Sábado, sol a pino, muito calor. Cheguei da labuta,família reunida, mal via a hora de fazer uma coisa que raramente faço, simples mas eu não gosto, talvez por vergonha de exibir um corpo que não é atlético do jeito que eu queria,mas não estava aguentando a temperatura que beirava os quarenta graus e tirei minha camiseta.
Minha irmã,a filha e meu cunhado estavam em casa, minha mãe resolveu ir para a casa dela que fica numa cidade próxima, colocamos as tralhas no carro e fomos.

Noite de sábado, o calor deu uma trégua e já não nos preocupava mais, porém o comentário de sempre após um dia caloroso, viria à tona,_ "eu acho que vai chover,fez muito calor hoje".
A fúria da natureza.Natureza criada por Deus.
Resolvemos ir à igreja, fazia tempo que eu não ia, e achei que seria legal, pois quero e preciso frequentar mais vezes até porque estava junto com meu filho e passar bom exemplo é sempre essencial. Mas não fui por obrigação, minha alma precisava de um momento desse,de reflexão e comunhão.

Após sairmos do culto, aliás um culto fervoroso, tudo parecia bem, todos se saudando, amigos e irmãos se revendo, mas...
...O tempo estava fechado e fomos pegos de surpresa, como num passe de mágica um vento forte soprou sobre todos, a agitação tomou conta, corremos para um abrigo, meu cunhado foi para o carro,com certo sufoco colocamos as crianças dentro do veículo, logo entramos todos, arrancamos com o carro e fomos até a casa de uma "irmã" que nos convidou para um jantar,mas antes que tivéssemos oportunidade de sair do carro, rajadas de vento e uma chuva forte impedia chegassemos ao nosso destino nos deixando "ilhados" e sequer dava para deixar o vidro do veículo aberto.

As crianças ficaram com medo,confesso que eu também ,mas meu medo não era por mim, mas sim de pensar que se ocorresse algo de mais grave eu poderia me sentir impotente para preservar a vida de meu filho. A situação ficou mais grave quando as luzes se apagaram, um black-out, tudo o que ouvíamos era o barulho amedrontador do vento forte que passava pelo carro e chegava a balançar ele, tanta era sua força e fúria, árvores voavam, telhas também e outras coisas mais.
Acalmei meu filho e disse para ele ficar tranquilo que eu estava ali e nada iria acontecer de mal, talvez por se sentir protegido e acalentado em meus braços ele pegou no sono.

A chuva deu uma pequena trégua, resolvemos sair do carro e entrar para a casa da "irmã", conseguimos!
A recepção foi tão boa que até esqueci que lá fora estava o vento em fúria, fazendo suas vítimas, destelhando casas e derrubando postes e outdoors e tudo mais que estava em seu caminho. Por um instante achei que seria o fim, mas nesse momento percebi que nada somos, nos impressionamos e nos amedrontamos com um mini-tornado, muitas vezes julgamos ser fervorosos em nossas orações, julgamos ter fé, mas  nos deixamos levar por acontecimentos pífios e nos sentimos frágeis e sem ação.

Deus está presente em tudo, é o criador. Ventos fracos, leve brisa ou vendaval,todos são provenientes dele, assim como passamos por momentos de calmaria e felicidade em nossa vida, também devemos estar preparados e vigilantes para quando chegarem os momentos de fraqueza e tribulação e tivermos que enfrentar um temporal em nossa vida.

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