Chuva poética
O céu rasgou-se
espada afora
e verteu lágrimas
muitas lágrimas
copiosamente lágrimas.
Não sei se eram de tristeza ou indignação.
Também, não adianta perguntar, que ninguém responde.
Pus minha canequinha do lado de fora da janela,
ela quase transbordou.
Estou rico: tenho uma caneca
com lágrimas do céu.
Os vizinhos caçoam:
quem é que compra um punhado de chuva?
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